Onde comer e beber representam a celebração da vida. 

Milhares de anos de escolha e aprimoramento dos ingredientes,  aprendendo a usar o melhor que a natureza pode oferecer, sempre com muito respeito a ela, transformando em alimentos, desde o cultivo até o uso em elaborações de receitas clássicas e perfeitas.
A história  italiana das cervejas, começa com os Fenícios, continua com o Império Romano, na Idade média se fortalece e na renascença surgem novas receitas que se estendem até a atualidade com a introdução de novos lúpulos .    Embora as primeiras populações, que datam de milhares de anos atrás, já conhecessem uma forma de cerveja, existem evidências que mostram que os primeiros produtores reais de cerveja na Itália foram os Etruscos.   As primeiras cervejas da história italiana eram aromatizadas com ingredientes diferentes, como avelã, mel, romã e uva. 
A cerveja sempre esteve presente no território italiano. Na Sicília já eram tomadas no século VII aC. pelos Fenícios, que podiam facilmente produzi-la dada a predisposição histórica da região para o cultivo do trigo. No noroeste da Itália, em Pombia, Piemonte, foi encontrada uma caneca datada do século vI ac. contendo cerveja lupulada. As antigas populações Celtas foram os primeiros produtores de cerveja em escala expressiva na história da Itália.
À medida que o Império Romano prosseguia com suas conquistas no norte da Europa, entrou em contato com diferentes civilizações e culturas. Foi justamente o intercâmbio cultural com os gauleses que deu nova vida à história da cerveja na Itália. De fato, foi implementada uma reorganização dos estilos de fabricação de cerveja. A antiga receita egípcia, baseada em frutas, caiu em desuso e foram introduzidas variantes Celtas. Os Celtas também introduziram o uso do barril para armazenar vinho e cerveja em vez da ânfora. Nessa direção lembramos o papel do General Agricola, que, voltando da conquista da Britânia, trouxe três cervejeiros para Roma, criando o primeiro pub da capital. 
Muitos dos povos do norte da Europa, conhecidos como bárbaros nos livros de história, usavam a cerveja como bebida cerimonial para seus ritos pagãos. Mesmo após a conversão ao cristianismo, eles continuaram bebendo muito. 

Com a chegada de Carlos Magno, também foi introduzido na Itália o Capitulare de Villis, que estabeleceu padrões de qualidade para a cerveja que deveria ser fornecida em abundância aos funcionários imperiais. A Faculdade de Medicina de Salerno em seu compêndio, falava que a cerveja sustenta a velhice, não pesa no estômago, flui nas veias, excita as forças, aumenta o bem-estar, revigora o sangue, provoca a urina.

Mais tarde é relatado que Ludovico il Moro, no período renascentista, distribuía cerveja gratuitamente aos habitantes de Milão e como nossa bebida era chamada vinho de cevada em Florença.

Na Itália, até meados do século XIX, a cerveja era um produto de consumo limitado a poucos entusiastas; na verdade, a produção de cerveja limitava-se, às oficinas artesanais, com produções sazonais. Cervejas de qualidade, destinadas a um público refinado. Os Monastérios Romanos, contribuíram muito no desenvolvimento de cervejas de alto nível, com a introdução de leveduras selvagens desenvolvidas pelos Abades.
Cervejarias modernas na Itália ganham forma em meados do século XIX.

O florescimento progressivo da economia, da agricultura e da indústria italiana também contagiou o setor cervejeiro. O uso de matérias primas extremante nobres, leveduras incríveis e a cultura gastronômica, fazem hoje as receitas italianas de cervejas artesanais serem reconhecidas e procuradas internacionalmente.  A birra italiana tornou-se referência de extrema qualidade. A Itália é o quarto país da Europa em número de cervejarias, cujos produtos são muito apreciados principalmente no exterior.
um país de mesa farta e uma variedade sedutora de delicias gastronômicas, aromas atraentes e nuances sofisticadas de sabores.   Descrever a Itália como "berço" da cozinha europeia não é exagero.   Este termo evoca a associações familiares, sensação de aconchego e de pertencimento. Uma reunião calorosa com os amigos e com a família, para comer e beber é quase um ritual.